Rousseau inicia sua bela autobiografia com um alerta. Ele diz que será o mais verdadeiro possível, mas que os leitores sempre duvidem de suas palavras. Isto porque a nossa memória nos prega peças, as nossas interpretações dos fatos cristalizam-se ao longo do tempo e vão se tornando verdades até mesmo para nós. Inconscientemente acreditamos no que queremos acreditar, no que nos faz conviver em paz com nós mesmos.
Ou como diria muito melhor Fernando Pessoa:
"Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação..."
Pois é exatamente isso que eu pretendo fazer aqui.
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